Aqui vai uma explicação sobre o terror de quem degusta charutos, a “Lasioderma”
Não há nada que assuste mais o amante de charutos que o nome lasioderma Serricorne. A lasioderma, ou bicho do tabaco como é mais conhecido, é um pequeno inseto que come o tabaco provocando pequenos furos que muitas vezes podem arruinar o charuto, fazendo com que ele pareça um verdadeiro queijo suíço.
A ova do lasioderma está presente em muitos alimentos e também no tabaco. Estas ovas tem a tendência de eclodir a temperaturas superiores a 23º C e quando a umidade do ar está mais alta, ou seja, uma condição bem típica do clima do nosso país.
Nenhum charuto está livre de conter estas ovas, mas os charutos premium passam por um tratamento de resfriamento e armazenamento que vão evitar ou inibir o aparecimento desta praga. O grande perigo está no tabaco falso. Devido ao charuto ser um produto de valor agregado, o numero de falsificações tem aumentado a cada ano e, na maioria das vezes, passa facilmente pelo charuto original aos olhos dos consumidores.
Como os charutos falsos são produzidos com menos cuidado e com matéria prima de baixa qualidade, a frequência de aparecimento da lasioderma é bem maior. Outro perigo ainda maior é que muitos dos falsificadores, para evitar o aparecimento destes pequenos besouros, aplicam remédios para matar barata e outras pragas na folha do tabaco o que consiste em uma verdadeira ameaça à vida dos apreciadores de charuto.
Dos quatro estágios de desenvolvimento do inseto (ova, larva, “pupa” e adulto) a larva é o mais devastador deles. Eclodindo das ovas em aproximadamente 10 dias após a temperatura iniciar o processo de nascimento, as larvas vivem e se alimentam do charuto por um período de 5 a 10 semanas.
As larvas comem o tabaco fazendo vários canais e furos no charuto que se parecerão mais com uma flauta que com um charuto ao final deste período. A larva então se transforma em “pupa” e depois em adulto. Infelizmente quando se transformam em adultos e saem dos charutos, a maior parte do dano já está feita. O lasioderma adulto tem entre dois e três milímetros de comprimento e possui uma coloração marrom avermelhada se parecendo com um pequeno besouro.
Apesar do futuro não se nada animador para quem enfrenta o problema com os bichos em seu umidor, ainda há uma esperança de salvar os charutos, basta seguir estes quatro passos:
1. Identifique e isole os charutos contaminados. Retire todos os charutos de seu umidor e faça uma cuidadosa inspeção em todos os charutos da caixa. A lasioderma come o tabaco, os celophanes e até mesmo as lâminas de cedro, portanto este cuidado é fundamental. Na dúvida da contaminação, separe o charuto. Uma boa dica é pegar o charuto com o pé (parte aberta do charuto) virada para baixo em uma superfície clara e fazer movimentos circulares pelo “corpo” do charuto. Se a superfície ficar com muito farelo do tabaco, existem boas chances do charuto estar contaminado.
2. Separe os charutos contaminados e coloque-os dentro de uma bolsa plástica com lacres, tipo ziplocks, ou caixas. Deixe os charutos por 3 dias na geladeira, 3 dias no congelador e depois novamente 3 dias na geladeira. Temperaturas abaixo de -16º C destroem as ovas e matam as larvas. Os dias na geladeira antes e depois o congelamento servem para fazer uma transição menos extrema de temperaturas nos charutos, visto que esta iguaria também é frágil e sensível à estas mudanças.
3. Após estes passos os charutos podem ser recolocados no umidor.
4. Evite ao máximo expor os charutos à temperaturas superiores a 23º C.
Outra dica importante é conferir seu umidor com frequência. Este hábito permite um controle mais adequado da temperatura e umidade dos charutos, além da rápida identificação de qualquer problema nos mesmos.
Fonte: habanosangola/
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